POR CLEMILDA THOMÉ*
Motivados ainda mais pela crise causada pela pandemia, gestos de solidariedade dispararam em todo país. Empatia foi uma das palavras que ganharam força em 2020, e se tornaram indispensáveis para ajudar àqueles que mais precisaram num ano tão caótico.
O ano de 2020 também nos mostrou a importância da solidariedade. Em meio a diversas crises no país, como a econômica e a de saúde, vimos que só era possível passar por este momento estendendo a mão ao próximo, fosse com doações materiais ou com atitudes generosas de carinho e apoio emocional.
Milhões de pessoas perderam seus empregos, com isso, vimos diversas situações de pedidos de ajuda, desde alimentos, porque a fome apertou, até emocional porque a solidão se elevou a patamares altíssimos. Assim uma corrente de voluntários dispostos a ajudar o próximo surgiu em vários lugares por todo o país.
Quando falamos em saúde, muitos se mobilizaram para auxiliar pessoas que contraíram a covid-19, ou do grupo de riscos, como os idosos. Nesse sentido, vimos até atitudes inusitadas e muito valiosas: casos de plaquinhas em elevadores dos prédios, com números de apartamento dos moradores que se colocaram à disposição para fazer uma compra no mercado, na farmácia e cuidar de outras necessidades para quem mais precisava.
Mas, nem tudo são flores, também observamos, infelizmente, uma queda na questão de doações de sangue. Só que o brasileiro, bom de coração, também pensou nisso e daí surgiram diversas campanhas de incentivo à doação de sangue, para ao menos, deixar a situação um pouco mais amena.
Diariamente, tenho visto o voluntariado crescer. Notados as pessoas de coração aberto querendo ser mais úteis, fazerem algum tipo de diferença. Mas, aí você me pergunta: onde quero chegar com tudo isso? Mostrar algo que vivo dizendo a respeito: gratidão e generosidade que, inclusive, salvam vidas.
Quando praticamos a generosidade, nos tornamos pessoas melhores. Não porque fizemos algo bom para alguém, mas porque quando olhamos para o problema do outro, geralmente percebemos que somos nós quem aprendemos. Quando doamos alimento a alguém, é a nossa alma que passa a ser alimentada. E assim, enviamos uma mensagem positiva para o mundo, e a corrente do bem se expande. Não importa quem você é, onde está, quais os seus objetivos, em que área você trabalha ou quanto dinheiro tem na sua conta bancária, todo mundo é capaz de ser solidário.
Dias atrás li a noticia de um morador de rua que vende limões para alimentar os seus melhores amigos, os gatinhos da rua que moram com ele. Esse senhor não tem nada, sequer um teto pra morar, mas mesmo assim, ele não se colocou em primeiro lugar. E quantos de nós vivemos em abundância e não somos capazes de um gesto como esse?
“A alma generosa prosperará e aquele que atende também será atendido”, já dizia um proverbio bíblico. Se deixe motivar pelos casos de generosidade ao seu redor. Comece seu ano fazendo boas ações, e com certeza o universo irá te recompensar. Pode ter certeza que a pessoa que começou a praticar a solidariedade em janeiro de 2021 não será a mesma em dezembro. Será muito melhor!
*CLEMILDA THOMÉ nasceu em 1954, na Cidade de Sapopema, interior do Paraná, filha de pais agricultores; foi uma das primeiras empresárias no Brasil a se tornar bilionária ao vender sua empresa NEODENT para uma multinacional suíça. Hoje, é uma das mulheres de negócio mais influentes do país. Participa ativamente da gestão de suas empresas, no Conselho de Administração da DSS Holding, mas tem como seu maior legado, a promoção da educação, que ela acredita ser o maior agente das mudanças e desenvolvimento do país.
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