A organização com sede em Nova York disse que a Síria foi novamente o local mais fatal para os jornalistas, embora o número de mortes no país em 2015 – 13 – tenha sido menor que em anos anteriores.
“Esses jornalistas são os mais vulneráveis”, afirmou Joel Simon, diretor executivo do Comitê, referindo-se a repórteres e outros profissionais da área que trabalham na Síria e em outras regiões dominadas por extremistas islâmicos. “Isso é, claramente baseado nos dados, um risco inacreditável para os jornalistas”, acrescentou.
Entre os mortos por grupos extremistas islâmicos neste ano estavam oito jornalistas assassinados durante o ataque ao escritório da revista Charlie Hebdo em Paris em janeiro.
Embora muitas das mortes tenham envolvido repórteres que atuavam em zonas de conflito, jornalistas em vários países também foram mortos depois de fazerem reportagens sobre assuntos sensíveis. Pelo menos 28 receberam ameaças de morte anteriormente, segundo o Comitê para Proteção de Jornalistas.
No Brasil, Gleydson Carvalho, radialista que frequentemente criticava a polícia e políticos de sua região, foi assassinado a tiros enquanto apresentava seu programa de rádio em agosto. O Comitê computou seis mortes no Brasil neste ano – o maior número registrado pelo grupo no País até hoje.
Entre os 69 jornalistas mortos neste ano também estiveram a repórter Alison Parker e o videojornalista Adam Ward, da rede norte-americana WDBJ, que foram mortos pelo ex-colega Vester Lee Flanagan II durante uma transmissão ao vivo.
Entre outros países onde jornalistas foram mortos estão Bangladesh, Sudão do Sul, Iraque e Iêmen. O Comitê para Proteção de Jornalistas calcula o número de jornalistas mortos no mundo desde 1992.
O grupo com sede em Paris Repórteres Sem Fronteiras informou que, pelos seus cálculos, 67 jornalistas foram mortos neste ano em todo o mundo enquanto trabalhavam ou por causa de seus trabalhos. Segundo esse grupo, outras 43 mortes não foram esclarecidas.
(Fonte: Estadão)