ES já registrou casos de homens explorados sexualmente no exterior

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‘A prostituição do homem também é uma realidade internacional’, afirmou o mestre em Direito, professor da FDV e juiz federal, Américo Bedê. Ele acrescentou que mais de dez condenações foram proferidas, na Justiça Federal capixaba, em processos envolvendo tráfico de pessoas, no período entre o início de 2014 até meados deste ano

Uma informação surpreendente foi divulgada por um juiz federal, em entrevista à Rádio CBN Vitória, na tarde desta sexta-feira (31). Ouvido na condição de especialista em Processo Penal, o mestre em Direito e professor pela FDV, Américo Bedê Freire Júnior, titular da 2ª Vara Federal Criminal, em Vitória, revelou que já foram registrados processos em que homens aparecem como vítimas de exploração sexual, em processos envolvendo tráfico internacional de pessoas.

“A prostituição do homem também é uma realidade internacional”, afirmou Bedê. O magistrado acrescentou que mais de dez condenações foram proferidas, na Justiça Federal capixaba, em processos envolvendo tráfico de pessoas, no período entre o início de 2014 até meados deste ano. O entrevistado reforça de que “houve um acréscimo grande neste tipo de crime”.
RELATÓRIO
Em 2013 no Brasil, 254 brasileiros foram vítimas do crime de tráfico de pessoas, em 18 estados do País. Os dados foram divulgados na última quinta-feira (30) pelo Ministério da Justiça a partir de levantamento feito nas delegacias das polícias civis dos estados e constam no Relatório Nacional sobre Tráfico de Pessoas.
Os tipos mais comuns foram o tráfico para fins de exploração sexual, que respondeu por 134 do total de 254 casos, somando-se os crimes de tráfico interno e internacional (52,8% das ocorrências) e o trabalho escravo, que respondeu por 111 das 254 ocorrências registradas (43,7% das ocorrências).

Dados da Divisão de Assistência Consular do Ministério das Relações Exteriores mostram que, em 2013, houve um total de 62 vítimas brasileiras no Exterior. Destas, 41 (66%) foram de tráfico para exploração sexual e 21 (34%) de trabalho escravo.

(Fonte: Gazeta Online – Foto: Ilustrativa)

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